Quero escrever, mas não tenho palavras...
Quero gritar, mas não tenho voz...
Quero desabafar, mas não tenho com quem...
Quero chorar, mas não tenho lágrimas...
Quero viver, mas não encontro motivos...
Quero sentir, mas estou petrificada...
Quero ouvir, mas meus ouvidos só ouvem o silêncio...
Quero seguir, mas... me sinto inerte...
As vezes eu paro e fico pensando como posso sobreviver sem você.
Como minha mente funciona, eu não sei, mas parece algum milagre...
As noites passam e você fica no ar, como se nunca estivesse saído, um instante, do meu quarto, da minha mente ou do meu coração...
O tempo cura qualquer dor, qualquer decepção... se não cura... ameniza.
Tudo está muito fresco, muito recente... as feridas estão abertas e chamuscadas pela ações impensadas. Corroídas pelas palavras não ditas. Doloridas pelas carícias não sentidas.
Mais uma vez eu me decepcionei. Chego a uma conclusão disso tudo. Eu me deixei decepcionar. Eu estava tão empolgada, tão carente que acreditei que havia achado a pessoa certa. Apostei todas as minhas fichas num relacionamento sem reciprocidade.
Agora estou só. Pretendo me dedicar a mim. Única e exclusivamente A MIM. Chega de tentar fazer os outros felizes. Chega de tentar amar alguém. Chega de ser carinhosa e atenciosa em vão.
Tem que haver reciprocidade no respeito, no carinho, no afeto, no gostar, no amor, etc. Independente do tempo do relacionamento.
Confesso, eu me apaixonei. Acreditei que havia chegado a hora de sossegar, de me dedicar à alguém, de fazer e ser feliz, de constituir uma família ...
Mas o tempo de Deus é outro.
Vamos aguardar o que Deus me reserva.
Enquanto isso, “solteira no Rio de Janeiro!”